Ensinamento!
- Eliane Arthman
- 7 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
Como roubar a beleza de um lindo cenário?
Como roubar o brilho do sol no final da tarde ou mesmo o brilho das estrelas que enfeitam as madrugadas?
Roubar-se-ia toda essa beleza somente por uns dias, nas horas de tempestade...
Mas jamais se poderia evitar que o belo cenário se formasse novamente para inspirar tanto aos poetas e sonhadores, quanto aos apaixonados.
Um estranho diálogo se dá entre o demônio Mara e Siddartha Gautama, antes do então Príncipe atingir a Iluminação:
- Não te preocupes com tão pequenas questões,Mara, pois não desdenho da tua força!
Mara queria urrar, como sempre fazia, para deixar Siddartha horrorizado.
Geralmente ele estimulava o ódio ou se aproveitava das fraquezas de cada um, promovendo discussões acaloradas, assassinatos ou barbáries.
E nunca falhava, quando atacava os imprevidentes.
Mas naquele instante, Mara não conseguia acessar em si mesmo qualquer sentimento impuro ou agressivo! Ele parecia ouvir a cadenciada vibração do Universo a envolvê-lo com compreensão e respeito.
Siddartha o observava e continuava a mantê-lo abrigado sob força dos eflúvios benfazejos emanados por Seu bondoso pensamento:
- Eu precisava de um opositor à minha altura, Mara, e tu és esse opositor!
Todos que estiverem vivenciando uma experiência carnal nesse planeta, encontrarão opositores à própria altura.
Um dia, um homem humilde virá para ensinar que se deve perdoar aos que não sabem o que fazem nem o que dizem, pois que quem se liberta, não se liberta dos que o torturam, perseguem, humilham ou matam!
Quem se liberta, se liberta de si mesmo!
E chega um momento em que nada mais será sacrifício, pois que o Amor a tudo cura, alivia e faz compreender! Ele ensinará sobre o Amor e o perdão.
E nesse momento, Mara, posso lhe afirmar que na mesma intensidade que Eu Sou a Luz, tu és a treva!
Eu Sou a Verdade e tu a ilusão!
Eu me curvo diante de ti e me submeto à tua tirania, sem revidar à altura, não por fraqueza ou covardia, tu bem o sabes, mas sim por amor e respeito à tua capacidade de impor o ódio!
O Soberano do Universo não impõe o Seu Amor às Suas criaturas e, por isso, tu não consegues impor teu ódio aos que se negam a ele!
Tanto o Amor quanto o ódio são de livre escolha para todos os seres da Criação!
Mara continuava pensativo.
Não conseguia contra-argumentar, pois estava emocionado com a não reação daquele ao qual perseguira desde o berço!
Sidharta não o incitava ao ódio, muito pelo contrário, Ele o convidava ao silêncio.
Finalmente, Mara pode aprender naquele momento de valoroso aprendizado, que há paz no silêncio.
Com Amor e por Amor
Sempre
❤️
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Eliane Arthman

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