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Ensinamento!

Ele me olhou profundamente e disse que os humildes nunca se sentem humilhados!


Em todas as religiões ele estaria, pois o Mestre precisa aceitar a forma que seu discípulo escolheu para aprender sobre a Verdade!


“Eu sou o Amor que envolve todo o Universo, filha minha! Vá e diga isso aos que contigo convivem!’


Eu não queria o Candomblé ou a Umbanda.

Mas meu Mestre me pediu que descesse até à beira do abismo, onde teria que instruir e alimentar tanto aos Exus quanto às Pombo-Giras. Era um mundo totalmente desconhecido, no qual eu temia correr grandes riscos.

Por medo, eu disse que tinha muita cultura para ir até aos calabouços da vida conviver com os que nunca souberam o que é o Amor.


‘Ora, ora, Mestre! Não aceito isso!’


Ele foi embora e nunca mais falou comigo. Mas, depois de aguardá-Lo ansiosamente por longos meses, lamentando a Sua ausência, eu O busquei com saudade.

Quando o reencontrei, ficamos muito tempo em silêncio, sentados à beira mar.

Eu não conseguia falar, tal era a emoção em revê-Lo, até que ele falou baixinho:


“Cometi o pecado que tu tanto evitas!”


Olhei no fundo dos Seus olhos, que continham o Infinito, enquanto ele completava:


“Eu desci até às trevas, filha minha! E queres saber? Eles lá sabiam o meu nome! Chamavam por mim e beijavam as barras das minhas vestes! Imagina a minha alegria em tê-los comigo?”


Ele vacilou nas últimas palavras, enquanto suas vestes começavam a brilhar.


Logo, pude vê-lo nas giras, nos lugares obscuros, como uma estrela celeste que não se nega aos humildes, sempre com alegria e amor!


Ele é como farol em mares tempestuosos, o unguento para as dores de Seus frágeis e vacilantes filhos!


Obrigada, Mestre, por nos ensinar que é dando que se recebe e que é compreendendo que podemos, também, ser compreendidos!


Faça-se em nós segundo a Tua palavra!


Com Amor e por Amor


By Eliane Arthman



 
 
 

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