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Ensinamento!

...vi o sopro do Senhor da Criação chegando até os infernos. E aquela visão fez com que os meus joelhos se dobrassem.


Eu O vi com meus olhos espirituais e ainda o vejo, como um sol a brilhar perenemente em minha Consciência!


Não havia forma, não havia voz ou nome algum, pois que Ele é sem referências no campo humano.


Eu sabia disso.


Ele era o pensamento, a mente e mais todos os sentimentos manifestados pelos humanos e pude, naquele especial momento de vidência, sentir a potência de Sua infinita humildade a percorrer o meu miserável ser.

Nunca pensei que Deus pudesse manifestar tanta humildade! Nunca!


‘Recebam a minha benção, principalmente os que perderam a fé na justiça e na misericórdia!’


Não era uma voz!

Era a força do pensamento que Ele emitia e que abarcava tudo ao meu redor.


Vi Espíritos, potências de luz,

que iam em direção à criação de novas Galáxias, enquanto o Senhor distribuía os dons da sabedoria e da paciência aos que tentavam instruir e consolar seus semelhantes.


Vi, nos lugares escuros e ermos em algumas terras de sombrios umbrais, onde a luz do sol e da lua nunca chegava a penetrar, que tudo ficou visível e que seus incrédulos habitantes foram capazes de se verem uns aos outros, exclamando, então, surpresos:

“Tínhamos certeza, cada um de nós, que estávamos aqui sozinhos, totalmente esquecidos por Deus! Mas eis que essa luz consoladora permitiu vermo-nos uns aos outros, além de tocar amorosamente nossos espíritos, transformando toda a negatividade em fé e em esperança!


Ouvi, então, a emanação do ‘Om’, que contém o Infinito que dá início a vida.


E Ele me disse:


‘Apenas ínfima parte do Universo é sofrimento e dor! Os outros 99% é Alegria e Amor.’


Diante de todos nós, milhões de aprendizes, uma imensa tela se ergueu. Sabíamos que um novo aprendizado nos seria passado e mentalmente agradecemos por isso.


Num interregno de tempo, pudemos nos ver, a nós mesmos, cometendo crimes hediondos, verdadeiras atrocidades, em outras faixas vibracionais, e nos surpreendíamos com aquilo.

Levávamos ‘caldos’ num mar de pensamentos e rolávamos pelas dobras do Tempo, vendo nossas milhões de vidas sendo vividas todas ao mesmo tempo, interligadas umas as outras através das linhas mentais, com todas essas linhas se encontrando num único núcleo que é o nosso eu original, quando recém saído das mãos do Criador.


Num repente retornávamos a úteros, em um nascer-morrer-renascer infindo, e milhões de vezes experienciávamos o declínio de corpos nos quais habitávamos. Em outros interregnos temporais, passávamos a ter consciência dos nossos Espíritos originais, aqueles recém saídos do sopro do Um e concluíamos, num minucioso repetir constante, que diante do Um, Tempo não existe!


Como poderia isso se dar de forma tão lúcida, rápida e sem controle algum de nossa parte?


Assistíamos, atônitos, uma incontrolável onda de ódio envolvendo-nos e, no instante seguinte, nos sentíamos enlevados por sublime onda de profundo amor por todos os seres da Criação.


Em certos lances que muito nos admiravam, transformávamos em entidades da espiritualidade menor, pois nos identificávamos como sendo elas, incorporando em corpos de médiuns encarnados para nos manifestar, recebendo oferendas, agrados e muitos outros mimos e, numa retribuição muito natural, sentíamo-nos impulsionadas à praticar a caridade, sem nos apercebermos disso. Ficávamos felizes em ver a sutileza que o Senhor usava para nos empurrar, suavemente, na direção certa, que nos levaria a Paz espiritual.

Sim, víamos ali uma forma que nossos Mestres utilizavam, sutilmente, para nos estimular na prática da caridade.


Vendo claramente os bastidores de todas as situações espirituais, percebemos que quando cuidávamos dos nossos Exus, Pombas-Giras, Orixás e Guardiões, estávamos cuidando de nós mesmos, ensinando às nossas outras tantas manifestações Conscienciais a mudar de faixa vibratória!


Lá na escuridão das nossas próprias limitações Morais, recebíamos a Luz d’um pensamento carinhoso provindo de nós mesmos.


Os Exus e Pombo-Giras que cuidávamos, pudemos constatar, éramos nós mesmos!

Eles compunham os primeiros degraus da escala de nossa evolução!


Estávamos assim, profundamente envolvidos com tantos aprendizados, que nos surpreendemos quando nos vimos, em algumas ocasiões, questionando as comidas oferecidas àquelas entidades, que até então não sabíamos tratar-se de nós mesmos, julgando ser desnecessário se ter tanto zelo por aquelas almas tão atrasadas.


De repente, a tela focou na mesa onde se serviam os Exus, Pombo-Giras e Orixás comendo e bebendo, como numa festa de alegria e confraternização.


Vimos que dali do centro da mesa, onde as carnes de animais oferecidos a todos os Guardiões e Orixás estavam expostas, um foco de luz da cor rubi foi surgindo, como se fora um botão de rosa. Enquanto se afastava dali do centro da mesa, sua cor lentamente foi transformando-se num lilás muito vivo.


Logo, essa luz tomou a forma de um homem humilde, descalço, que não disfarçava sua divina bondade.


Naquele mesmo instante compreendemos quem era Ele!

Das suas mãos jorravam fachos de Luz e sua aura fundia-se com o brilho de um raio de Sol que veio alegremente beijar-Lhe a tez.


Ele nos disse:


“Eu desci à Mansão dos Mortos e é aqui que trabalho, ensinando, estimulando e orientando as minhas ovelhas!”


Ficamos ali a observá-Lo retornar à mesa e tornar-se, então, o mais humilde de todos aqueles Guardiões e Orixás, admirados com sua postura de Anjo que acabara de chegar do Paraíso!



Obrigada, Mestre, por nos ensinar a fazer da nossa Sabedoria uma escada, por onde podemos, sempre, descer, em busca dos que se perderam no caminho!


Mas, Senhor, diga-nos o Seu nome:


“Eu sou o mais humilde de todos os servos de Deus! Eu sou a Simplicidade!


Eu sou o Amor, esse é o meu nome!

Eu sou o Amor!


Com Amor e por Amor

Por Ele!

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♥️

Eliane Arthman


 
 
 

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