Antônio de Pádua 1195 – 1231
- Eliane Arthman
- 7 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
Antônio era Agostiniano e, certa vez, resolveu ir até Assis, na Itália, para conhecer Francisco de Assis (1182 – 1226), que era famoso em toda a Europa.
Logo que lá chegou, soube que Francisco estava na igreja do lugar, participando da missa junto ao padre, e rapidamente para lá se dirigiu.
Havia uma multidão de pessoas aglomeradas na porta, obrigando-o a esforçar-se para adentrar na igreja, ficando logo atrás do último genuflexório.
Com o olhar, Antônio buscou aquele que ele tanto desejava conhecer e emocionou-se ao reconhecê-lo.
Luminosa aura envolvia Francisco o que fez Antônio curvar-se emocionado.
Permaneceu assim, em oração, durante algum tempo, mas, quando tornou a erguer a face, surpreendeu-se ao notar que a igreja estava completamente vazia.
“Onde estarão todos?” - pensou
Fixou os olhos no altar e pode ver uma enorme cruz, com alguém pregado nela.
Surpreso com o que via, resolveu ir até diante daquela cruz, para saber quem era o homem que ali fora crucificado.
Os vitrais reluziam em muitas cores, como se o sol estivesse a girar.
Estranhamente, Antônio nem sentia seus pés tocarem o chão.
De início não conseguiu identificar quem estava pregado na cruz, pois as luzes multicores sobre a fronde do homem cegaram Antônio momentaneamente.
Surpreso e com o coração muito apertado, ele caiu de joelhos ao verificar que o homem ali crucificado era Jesus!
Ele ouviu, então, a doce voz do Mestre a falar-lhe:
- Não te ajoelhes diante de mim, querido Antônio , pois que tenho minhas ovelhas como minhas iguais!
Por um acaso obrigas as tuas ovelhas a curvarem-se diante de ti?
O Senhor estava arfante, mas sorria suavemente.
- Antônio, travei uma luta ferrenha com Satanás e o avisei que o meu sangue separaria meu reino do dele. Qualquer um que clamasse por mim, mesmo que nos confins dos infernos, receberia a Sagrada Benção do meu amor.
Mas ardiloso, ele infiltrou-se em todas as religiões que foram fundadas sobre o sangue dos meus sacrifícios, colocando-me num lugar tão alto, eternamente crucificado, numa redoma d’um poder tão inimaginável, que o justo jamais me veria e o pecador estaria eternamente condenado sem a benção do meu amor!
Antônio curvou a cabeça e permaneceu em silêncio:
- Antônio , Antônio, tire-me me dessa cruz e me coloque entre as pessoas! Quero que tenham certeza que permaneço vivo para amá-las e conduzi-las ao reino de meu Pai, pois que sou como o último de todos os Seus servos.
Antônio fechou os olhos e soluçou.
Ele, o mestre tão querido, era o homem mais humilde de todos os homens.
Fazendo um grande esforço, Antônio baixou o madeiro, retirou Jesus da cruz e, erguendo-o, conduziu-O delicadamente pelo corredor principal.
Mas ao chegarem aos degraus que os levariam ao pátio frontal da igreja, Antônio despertou e viu-se no mesmo lugar onde estivera todo o tempo.
O que vira e ouvira, fora obra de um desdobramento, mas ainda pode ouvir a doce voz do Mestre a pedir-lhe que trocasse as vestes brancas de Agostiniano pelo burel do humilde Francisco de Assis.
E durante a sua jornada como franciscano, Santo Antônio sempre foi visto carregando o menino Jesus em seu colo!
Valei-nos, Santo Antonio de Pádua!
Ah, Jesus, obrigada por nos ensinar que os humildes nunca se sentem humilhados!
❤️
Com Amor e por Amor
Por Ele
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Eliane Arthman

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