ANA - Nanã - e JOAQUIM
- Eliane Arthman
- 7 de fev. de 2021
- 2 min de leitura
Corria o ano de 20 A.C. e Joaquim, um homem forte e corpulento de oitenta anos, depois de ser censurado pelo sacerdote do Templo, Rúben, por não ter filhos, resolveu retirar-se para o deserto para meditar. De joelhos, ele passou horas e horas a rezar fervorosamente.
Joaquim sempre fora um homem dedicado ao "Caminho", nome com o qual se referenciava a religião àquela época, sendo respeitado e considerado pelos anciões do Templo.
Festeiro e bem humorado, Joaquim gastava sua fortuna junto à sua amada esposa Ana, mas nunca esquecendo do auxílio aos mais necessitados.
Ainda entregue às suas orações, Joaquim notou que um formoso jovem surgira diante dele. Por estar contra a luz do sol, Joaquim não pode definir suas feições, mas sentiu uma forte energia, acompanhada por um doce aroma de mirra.
- Ave, Joaquim! - saudou o recém chegado - Não se lamente nem entristeça, pois o Senhor lhe ouviu as preces!
Atordoado, Joaquim ergueu-se, enquanto o jovem lhe ordenava que voltasse para casa.
Surpreso com tudo aquilo, Joaquim fez o caminho de retorno à casa entre curioso e admirado, pois teve certeza de que aquele formoso jovem não era alguém comum.
Ao vê-lo chegar, sua esposa Ana o abraçou chorando de alegria. Ana era estéril e passara a vida pedindo misericórdia ao Senhor, para que pudesse conceber. Mas, agora, com mais de sessenta anos, quase setenta, ela tinha certeza de que jamais seria mãe... até aquele dia.
- Joaquim, meu amado esposo - falou ela entre rindo e chorando ao mesmo tempo - Ouvi chamarem na porta e, ao abri-la, um formoso jovem me sorriu e pediu licença para entrar. Com sua terna presença, toda casa encheu-se de um doce aroma de mirra, fazendo com que os auxiliares viessem me perguntar de onde provinha tão agradável olor.
Joaquim sorriu e lembrou-se do belo rapaz que o mandara retornar à casa.
- Depois que todos os habitantes da casa estavam aqui reunidos, o visitante se identificou - Ana falava com muita emoção e alegria - Disse que era Gabriel, o Arcanjo da Anunciação e que o Senhor ouvira as nossas preces.
Todos estavam felizes e admirados com aquele visitante, que trouxera consigo uma vibração jamais sentida por nenhum deles.
Continuando sua narrativa, Ana disse que o Arcanjo se ajoelhara diante dela e a saudara, dizendo ser ela, Ana, uma fiel serva do Senhor, que conceberia aquela que seria a mãe do Príncipe da Paz.
- Obrigada, Gabriel! - respondera ela erguendo-o gentilmente do chão - Que o Verbo Divino se faça homem e que habite entre nós!
Depois de abraçar Ana afetuosamente, Gabriel lhe fez um pedido:
- Essa criança deverá chamar-se Maria, que será um referencial de Amor maternal em todo o Universo!
Logo, Ana sentiu a meiga presença da pequena Maria em seu ventre, que, um dia, seria a mãe do nosso amado Mestre Jesus!
Meses depois Maria nasceu, trazendo imensa felicidade a Sant'Ana e Joaquim!
Ave-Maria, cheia da Graça de Deus!
Obrigada, Senhora, por nos trazer Jesus!
Com Amor e por Amor
Por Ela
By Eliane Arthman

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