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A Florzinha Amarela )A História do 6º Raio Rubi-Dourado

Era uma vez, num Tempo onde o Tempo ainda não existia, um pequeno raio cósmico chamado Muni, que vivia voando pra lá e pra cá. Ele irradiava alegria e bondade, pois jamais conhecera a tristeza ou a maldade. Feliz da vida, Muni brincava com outros raios cósmicos o dia inteiro sem prestar atenção a nada. Mas certa manhã, Muni voou horas distraído, indo parar num lugar até então desconhecido para ele. Só percebeu que saíra do seu roteiro diário quando voou próximo a uma das janelas de um Templo, onde um bondoso Deva dava aulas para um grupo de mais ou menos trinta raios cósmicos. A voz do Deva era tão doce e clara que Muni resolveu pousar, caminhar até a porta de entrada e acomodar-se. Logo que viu o Deva mais de perto, se sentiu profundamente emocionado. ‘De onde será que o conheço?, pensou, ‘Será que algum dia voei por aqui sem prestar atenção?’. Naquele momento, o Deva orientava cinco raios cósmicos que estavam sentados em cadeiras posicionadas formando um semi círculo. Ele se expressava gentil e calmamente, quase sorrindo, para que todos entendessem: - Quero que se concentrem naquilo que lhes pedi. Pensem numa flor qualquer e materializem-na em suas mãos, sempre se mantendo atentos! Os primeiros resultados eram engraçados e Muni se divertiu muito com a expressão de cada um dos alunos diante da própria criação. Muni voltou para casa no final da tarde, feliz da vida com o que vira e ouvira. Aproveitou o tempo e sentou-se junto a uma árvore e tentou materializar algumas flores e, claro, morreu de rir com os péssimos resultados obtidos. Durante meses Muni assistiu secretamente as aulas do amado Deva, sempre tendo o cuidado de se esconder. Mas numa certa tarde o Deva pôs-se a passear pela sala enquanto falava com os alunos que tentavam materializar pequenos objetos. Logo, lá estava o Deva bem diante do tímido Muni. E a partir daquele dia, o Mestre passou a colocar uma cadeira a mais no pequeno semi círculo, para que o acanhado Muni ali ficasse recebendo instruções. Certo dia, o Deva os comunicou que a estação da primavera se iniciaria num dos Planetas da Galáxia e que Muni e seus amigos de classe foram escolhidos para serem flores amarelas e vermelhas em arbustos de um certo parque. Muni surgiria como uma florzinha do arbusto de flores amarelas logo no começo da primavera e cairia no início do verão. No primeiro dia Muni se distraiu olhando a paisagem do lugar e imediatamente se desfez, caindo disforme no chão. O guardião, que ficava zelando por todos, o levou até o Deva, que tornou a levar Muni até o arbusto, ficando quase toda a primavera ao lado dele, ensinando-o a concentrar-se bem. Mas mesmo estando atento, muitas vezes Muni ficava observando os detalhes das florzinhas vermelhas e, sem perceber, acabava se transformando numa florzinha Amarela com o núcleo vermelho. No inverno, todos se transformavam em frutos secos de uma árvore e serviriam de alimento para os pássaros. E assim, durante anos e anos, Muni foi uma florzinha Amarela, no verão, e fruto seco que matava a fome dos pássaros, no inverno. Mas com o passar dos anos seus amigos foram evoluindo, evoluindo, se tornando arbustos, árvores e depois animais... até chegarem ao reino humano, deixando de ser alma grupo. Mas Muni continuava lá no arbusto, como uma florzinha Amarela. Muitas vezes ele ensaiava pedir ao seu amado Deva que lhe desse uma chance de evolução, mas logo desistia, pois que pensava que se tivesse de evoluir teria de ser por decisão do Mestre. Seus antigos companheiros já eram pensadores intelectuais e Muni ali permanecia, em seu lugar no arbusto, cumprindo sua humilde missão na primavera e no inverno, feliz da vida. O Mestre sabia muito bem desse drama interno que seu pequeno discípulo enfrentava diariamente e se admirava com a sua não reação e infinita doçura. Muitos milênios se passaram e Muni jamais reclamou com seu amado Deva por nunca ter tido uma chance sequer de evolução. Seus sorriso e alegria permaneciam inalterados e ele seguia fielmente o roteiro que lhe davam. Mas certo fim de primavera, quando retornou ao Templo, viu milhares de flores amarelas enfeitando todas as sacadas e portas. Além disso, haviam luzes amarelas provindas de focos invisíveis que ficavam por detrás das pétalas. Havia até um grande arranjo de flores amarelas com núcleos no tom vermelho exatamente como ele, Muni, costumava fazer quando se embevecia olhando as florzinhas vermelhas dos outros arbustos! Muni pensou que alguém muito importante visitaria o Templo e tentou arranjar um lugar para se ajeitar e assistir o evento que supunha fosse acontecer. Depois de alguns instantes ele viu o seu amado Deva vindo em sua direção com os antigos amigos de sala de aula, que dividiram a mesma alma com ele durante centenas de anos. Muni os abraçou, muito feliz em vê-los. Após os cumprimentos, o Deva pediu que Muni levasse um buquê de rosas brancas para uma Senhora que o esperava no altar. Muni pôs-se a caminhar pelo corredor principal do Templo e, ao fazê-lo, todos se colocaram de pé, causando-lhe estranheza. Já no altar ao ver uma linda jovem trajada de branco com um véu azul sobre os cabelos, ele se ajoelhou para entregar a ela o buquê, pois intuiu ser aquela jovem a ‘Senhora’ da qual o Deva lhe falara. Ela sorriu e carinhosamente beijou a testa de Muni. Logo uma voz clara e potente se fez ouvir, fazendo o altar se encher de safirina Luz multicor. - Tu és o meu filho dileto e em Ti eu tenho me comprazido, por Tua humildade e obediência! Muni permaneceu ajoelhado, sem mover um músculo sequer. - Esta ao teu lado é Maria, a Tua mãe. A partir de hoje Teu nome será Jesus, o futuro Príncipe da Paz, Governador do Sexto Raio Rubi-Dourado! Sê abençoado, Filho meu, por Tua bondade infinita! (Bem-amada Presença Divina Eu Sou em mim, Bem-Amado Mestre Ascensionado Jesus, obrigada por todos os exemplos que nos deu!) Com Amor e por Amor Por Ele ❤️ By Eliane Arthman


 
 
 

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